Mais um ano acaba e a gente quase nem percebe. Eram bons aqueles tempos em se passava o ano todo pedindo pra chegar Natal outra vez. Que bom acreditar em Papai Noel... Mas hoje temos que esbarrar todos os dias com a realidade e, às vezes, até pedir para o tempo não ir tão depressa pra dar tempo de sentir a vida. Abdicar dessa parte "criança" que todos temos, faz com que tenhamos, no lugar da alegria, a melancolia, que acaba tornando essas festas um pouco tristes. Eu quero propor que este ano deixemos a criança tomar conta de nossos pensamentos. Que Papai Noel volte a existir, com trenós, renas e tudo mais. Nada de lágrimas, só sorrisos, por qualquer motivo à toa... Máxima atenção ao Amor e às Amizades, para pensarmos no próximo ano como um futuro cheio de Esperanças. 
Aos devotos de "Santa Cecília" todas as glórias do mundo. Hoje é dia da santa e dos músicos. A todos aqueles que fazem desse dom um sacerdócio, o que na verdade é, deixamos aqui nossos PARABÉNS. Apesar de nem tudo ser um mar de rosas, é um doce flagelo executar uma canção, seja ela qual for, erudita, popular, sacra, profana, sertaneja ou urbana... Um ato de sedução...pela vida afora. (Maurício)
Cantar em bares nunca foi mesmo uma atividade muito dígna para os músicos. É quase sempre aquele lugar que paga mal, que não respeita o profissional, e que o coloca sempre num cantinho apertado, pra não atrapalhar o espaço das mesas. Tanto os frequentadores, quanto os donos do lugar não chegam a dar muita atenção ao camarada que está alí botando a alma no negócio... Talvez, no fim da noite, quando o álcool já estiver falando mais alto, apareça alguém que se lembre que, durante todo o tempo rolou uma música por alí, algumas até das suas favoritas.
Pegando carona nas recordações, aqui vai uma bem recente: O aniversário da tia Valéria (mãe do Paulo) no Campeche. Nós dois fazendo um som pra agradar a tia.
No início dos anos 90, fiz uma pequena viagem de passeio com a minha turma (mulher e filhos), porque naquela época a gente passeava. E paramos num restaurante chamado Danúbio Azul, que ficava à beira do Rio Paranaguá. Foi lá que encontramos este músico velhinho (decerto já não está entre nós), tocando o seu, também velho, piano. Era agradável ouvir... Ele tocava umas quatro músicas e fazia um intervalo. E enquanto estivemos por lá ele tocou diversas vezes a valsa "Danúbio Azul", talvez pra agradar o patrão. - Eu lembro de ter falado que queria terminar meus dias assim, tendo o prazer pela música até a reta final (?), ou começo de outra jornada.
É como se fosse hoje... Eu e o Paulo, o velho amigo Joãozinho Leite, - muitas jornadas! quantas saudades!-, e ainda escondido atrás de mim o amigão Paulinho Paz. Tem coisa que não dá pra esquecer nunca. Aqueles friozinhos na barriga de ter que encarar aquele povo todo... Mas tínhamos sempre o Paulo com a sua tranquilidade, como que dizendo: vai firme que eu garanto!
